De janeiro de 2021 até o momento, contratos de longo prazo somam 893 MW, incluindo 300 MW de PPA dolarizado

AES Brasil consolida estratégia de crescimento apoiada em PPAs e desenvolvimento de novos ativos

Março 3, 2022

Em um ano marcado por grandes conquistas e desafios, a AES Brasil assinou, desde janeiro de 2021, novos contratos de longo prazo que totalizam 893 MW instalados em geração renovável, consolidando a estratégia de expansão 100% renovável com retornos consistentes.

 

Do total contratado de janeiro a dezembro do ano passado, 479 MW serão desenvolvidos no Complexo Eólico Cajuína, no Rio Grande do Norte, cuja operação tem início previsto para o primeiro semestre de 2023. Outra parcela, de 300 MW, se refere ao PPA em dólar firmado com a Alcoa no 4T21, que abriu uma nova avenida de crescimento à companhia.

 

No mesmo trimestre, a AES Brasil fechou mais um contrato de longo prazo com a Unipar, para formação de joint venture de autoprodução, com início de vigência em 2024. O empreendimento, em Cajuína, terá 91 MW instalados. Este acordo repete a parceria de sucesso com o projeto de autoprodução de 155 MW no Complexo Eólico de Tucano, na Bahia.

 

Adicionalmente, entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022, a Companhia assinou mais dois PPAs de longo prazo no formato de autoprodução, que totalizam o equivalente a 114 MW de capacidade instalada, cuja efetividade está sujeita às assinaturas dos Acordos de Investimento previstas para o primeiro semestre de 2022.

Estes contratos reforçam a estratégia de crescimento da Companhia, contribuindo para a previsibilidade e sustentabilidade do negócio.

 

A AES Brasil exibe hoje um portfólio de geração 100% renovável com capacidade instalada total de 4,7 GW, distribuídos entre hídrico (2.658,4 MW), eólico (1.738,0 MW) e solar (295,1 MW). No pipeline eólico e solar, negocia contratos que podem adicionar até 1,3 GW instalado. Ao concluir os projetos em desenvolvimento do pipeline, o portfólio contabilizará 6 GW de capacidade instalada.

 

Investimentos

Para o período entre 2022 e 2026, a AES Brasil planeja investir R$ 3,8 bilhões na expansão dos projetos contratados e com planos de construção já definidos, especialmente os Complexos Eólicos Tucano e Cajuína. Os investimentos também contemplarão a manutenção dos ativos em operação.

 

Fornecimento de equipamentos

Num cenário de avanço vigoroso da geração eólica e da competição no país, o fornecimento de equipamentos se apresenta como um desafio. Atenta ao cenário, a AES Brasil já tem contratado o fornecimento e instalação de turbinas eólicas dos primeiros 684 MW de capacidade a serem entregues no cluster de Cajuína, que garantem a viabilidade da execução de seu pipeline.

 

Otimização da estrutura corporativa e de capital

Ao longo de 2021, a AES Brasil promoveu iniciativas importantes para garantir sustentabilidade ao seu crescimento nos próximos períodos. Em março, a Companhia concluiu a implementação da nova estrutura organizacional, com a criação da holding AES Brasil Energia e sua listagem no Novo Mercado, reforçando o compromisso da Companhia com o mais alto nível de governança corporativa e criando uma plataforma de crescimento que viabiliza a maior alavancagem financeira dos novos projetos.

 

A otimização da estrutura societária e de capital, com a finalização da reorganização envolvendo a incorporação da AES Tietê pela AES Brasil, trouxe ganhos imediatos - o reconhecimento de R$ 536 milhões nos resultados do 3T21, benefícios adicionais de alocação de capital e maximização do retorno da ação.

 

“Sem dúvida, foi um ano marcado por importantes transformações, que serão fundamentais para a sustentabilidade e celeridade de nossa estratégia de crescimento 100% renovável, a fim de sermos a melhor escolha do cliente no mercado livre de energia”, afirma Clarissa Sadock, CEO da AES Brasil.

 

Outra operação que comprovou a confiança do mercado na solidez da AES Brasil, foi a oferta subsequente de ações (follow-on), liquidada em 1º de outubro. A emissão representou incremento de R$ 1,1 bilhão no capital social da empresa, mediante 93 milhões de novas ações ordinárias. O montante será totalmente investido nos projetos de crescimento já contratados.

           

Mais uma fonte de capital foi instituída com um acordo de investimento baseado na subscrição de ações preferenciais na Guaimbê Holding, holding de geração eólica e solar controlada pela AES Operações. O acordo de investimento resultou em aporte de R$ 855 milhões em equity, colaborando com o cumprimento dos compromissos da empresa. Em janeiro de 2022, foi anunciada a extensão deste acordo, com aporte adicional de R$ 360 milhões em equity mediante o aumento da participação e a inclusão de dois ativos menores à estrutura da parceria.

           

O prestígio e a capacidade da Companhia em acessar as melhores condições do mercado foram comprovados por meio da obtenção do financiamento, junto ao BNB, de R$ 715 milhões, por 24 anos, a IPCA + 2,26% a.a. e a emissão de R$ 500 milhões em debêntures verdes, com prazo de 20 anos e custo médio ponderado de IPCA + 6,27% a.a., sendo ambas as captações com os prazos mais longos já emitidos por uma empresa geradora de energia.

 

O prazo de maturação dos papéis, longo na comparação com o mercado, sinaliza com a percepção de segurança em relação ao desenvolvimento do Complexo de Tucano, bem como na gestão e saúde financeira da AES Brasil. “O prazo de 20 anos, pouco comum no setor elétrico, é indicativo da confiança no complexo eólico de Tucano e na gestão da companhia, que segue na expansão de seu portfólio 100% renovável”, avalia Alessandro Gregori, CFO da AES Brasil.

 

A certificação da última emissão também merece destaque. “Debêntures verdes” é a denominação dada a títulos de dívida corporativa emitida para captar recursos e financiar projetos ou ativos que tenham impacto socioambiental positivo. No Brasil, a modalidade é muito usada em projetos de infraestrutura. As debêntures verdes da emissão da AES Brasil são destinadas exclusivamente ao desenvolvimento do Complexo de Tucano.

 

Resultado financeiro

Em 2021, a AES Brasil apurou lucro líquido consolidado de R$ 516,5 milhões. O Ebitda foi de R$ 903,9 milhões e os custos e despesas operacionais somaram R$ 402,4 milhões.

 

Após renegociação com os credores da 5ª e 6ª emissões de debêntures em setembro de 2021, e com o pré-pagamento da 7ª emissão de debêntures no último trimestre, o limite estabelecido pelas dívidas da AES Operações, que era de 3,85x, passou a ser de 4,50x para a razão entre a dívida líquida e o Ebtida ajustado. Adicionalmente, o índice de cobertura de juros, que não poderia ser inferior a 1,50x, passou a ser 1,25x.

 

O índice de alavancagem (dívida líquida / Ebtida ajustado) encerrou o último trimestre de 2021 em 3,95x.

 

Excelência no desenvolvimento/construção de projetos

Ao longo dos últimos anos, a AES Brasil vem se consolidando cada vez mais como desenvolvedora de ativos. O desenvolvimento/construção do Complexo Eólico Tucano, na Bahia, ao longo de 2021, reforça essa frente. O empreendimento, em total aderência com o planejamento de prazo e orçamento, já tem mais da metade (59%) das obras concluídas. Na engenharia civil, estão praticamente prontas (95%).

A energização da subestação e linha de transmissão conectadas ao parque foram concluídas no 4T21. Já no início deste ano, a empresa começou a montagem das cinco primeiras torres eólicas da planta, cuja entrada em operação está prevista para o segundo semestre de 2022.

 

Consolidando sua competência e excelência em construção, a AES Brasil iniciou as obras da primeira fase do Complexo Eólico Cajuína, no Rio Grande do Norte, com 684 MW de capacidade instalada, que deve entrar em operação em 2023.

           

“Seguindo os mais rígidos padrões globais em todas as etapas do processo de construção, com análises aprofundadas e minuciosas a fim de evitar/mitigar contratempos e antecipar etapas, estamos ampliando nossa excelência, já reconhecida como gestora de ativos, para a área de construção com o desenvolvimento de dois importantes complexos eólicos que contribuirão para reforçar a matriz energética renovável do País”, afirma Rodrigo D’Elia, diretor de Engenharia e Construção.

 

Compromissos e Diretrizes EGS

Presente na carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), da B3, pelo 15º ano consecutivo, a Companhia é a única da América Latina, em todos os setores, com a nota AAA no MSCI ESG Rating, um dos principais rankings de avaliação da resiliência de uma empresa a riscos ESG.

 

Também em 2021, o número de mulheres na AES Brasil avançou 32% no corpo geral da companhia e 29% na liderança entre 2020 e 2021, reflexo dos esforços para a valorização de talentos femininos tanto no pipeline de sucessão quanto em novas contratação, superando a meta de aumentar em 15% o número de mulheres no quadro funcional geral.

 

Em linha com as melhores práticas para a transição para uma energia de baixo carbono, para um modelo que se adapte às necessidades e expectativas da sociedade e em respeito ao meio ambiente, a AES Brasil revisou suas metas e apresentou os Compromissos ESG 2030, alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).

 

A companhia determinou três temas principais no novo plano ESG, estabelecendo as prioridades relacionadas aos aspectos ESG: mudanças climáticas, dentro do pilar de meio ambiente; diversidade, equidade e inclusão, em social; e ética e transparência, em governança. Os compromissos foram definidos diante de seis ODS prioritários para a AES Brasil, sendo eles:

  • Igualdade de Gênero (ODS 5): a companhia se compromete a promover a diversidade, equidade e inclusão, garantindo a igualdade de oportunidades em todos os níveis. Para isso, até 2025, pretende ter 30% de mulheres em cargos de alta liderança.
  • Energia Limpa e Acessível (ODS 7) e Indústria, Inovação e Infraestrutura (ODS 9): a companhia contribui para a transição energética com o aumento de renováveis na matriz elétrica brasileira. Para tanto, a meta é colaborar para que os clientes evitem a emissão de 582 mil tCO2e ao ano.
  • Redução das Desigualdades (ODS 10): o compromisso da empresa é transformar vidas por meio do desenvolvimento local das comunidades vizinhas às operações e garantir a igualdade de oportunidades. Desta forma, a AES Brasil tem a meta de, até 2030, ter 30% de grupos sub-representados na liderança e contratar ao menos 50% de mão de obra local nas construções de novos empreendimentos.
  • Ação contra a Mudança Global do Clima (ODS 13): o intuito é impactar positivamente os esforços de mitigação aos efeitos das mudanças climáticas. Para tanto, são três metas: até 2030, reduzir as emissões de gases de efeito estufa dos escopos 1 e 2 em 18% tCO2e por MWh gerado, em relação ao realizado a 2020, manter a neutralização e positivar as emissões de gases de efeito estufa anualmente, e, até 2025 compensar as emissões históricas desde o início da operação da AES Brasil no país.
  • Vida Terrestre (ODS 15): o compromisso é conservar, proteger e preservar a biodiversidade. Para isso, até 2030, almeja aumentar em ao menos 20% o reflorestamento, além do compromisso de recuperação das áreas ocupadas.

 

“A estratégia da AES Brasil é ser a melhor escolha do cliente no mercado livre, oferecendo soluções resilientes, competitivas e responsáveis, sendo esse posicionamento pautado  por todos os aspectos de sustentabilidade. Diante disso, enxergamos a oportunidade de redefinirmos os nossos compromissos ESG de longo prazo para serem mais ambiciosos e alinhados aos desafios globais de desenvolvimento sustentável”, conclui a diretora de Estratégia e Sustentabilidade da Companhia, Erika Lima.